ABRAPAM é Destaque na Revista Segurança e Defesa

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Cursos ABRAPAM para Agentes de Segurança de Shopping Center
26 de outubro de 2010
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Curso de Proteção Executiva – Sistema Israelense de Proteção: ABRAPAM
14 de novembro de 2010

dest-rev-seguranca-defesaA proximidade de grandes eventos como os Jogos Mundiais Militares, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, obriga a reflexão sobre a necessidade de melhor treinamento dos efetivos de segurança, para fazer frente a possíveis ocorrências de terrorismo ainda mais sérias do que as perpetradas pelos narcotraficantes nos grandes centros.

 

Assim, de 16 a 22 de agosto 2011, a ABRAPAM – Treinamentos Urbanos Avançados LTDA. realizou no Rio de Janeiro um curso que objetivou difundir a doutrina de segurança israelense para aplicação em eventos dessa natureza. Além do arcabouço teórico metodológico e de planejamento, ministrado por um profissional israelense, Daniel Sharon, o evento ainda contou com treinamentos de conduta operacional de times táticos com metodologia de Israel, assim como oficinas de combate a curta distância, técnicas de imobilização e desarme.

Policial com grande experiência no enfrentamento cotidiano do terrorismo em seu país, Daniel Sharon abordou questões como a atuação dos first responders nas ocorrências de terrorismo, aspectos de inteligência operacional na atividade de segurança (sobretudo a detecção de comportamentos suspeitos através do estudo avançado de linguagem corporal), planejamento de segurança na prevenção de ataques suicidas ou sabotagem com artefatos explosivos ou carros-bomba, metodologia israelense de segurança de instalações aeroportuárias e outras instalações sensíveis, etc.

Perguntado por S&D sobre suas recomendações ao Rio com respeito a possíveis ameaças que pesam sobre os grandes eventos já programados, Sharon respondeu: “Chegando ao Aeroporto Internacional e passando por suas rotinas de desembarque, pude perceber a grande falta de segurança humana disposta em pontos estratégicos da instalação. Se a deficiência foi perceptível para mim, por certo também o será para um terrorista bem treinado. A instalação é vulnerável a ataques, da mesma forma em que não se constitui numa barreira para agentes que busquem penetrar no país através dela. Deve ser levado em consideração que o tráfego do aeroporto antes da Copa do Mundo e as Olimpíadas vai se multiplicar em face do afluxo de visitantes à cidade. Se terroristas não puderem entrar no país com suas armas, irão obtê-las localmente, junto aos grupos criminosos e pagando em dinheiro vivo.

Outro problema é que terroristas podem produzir bombas através de insumos obtidos clandestinamente no Brasil, como fertilizantes, explosivos comerciais (como os empregados em demolições e pedreiras), acionamento para detonação por rádio ou celulares tudo feito localmente por quem dispuser de conhecimento específico.

Há no Brasil uma grande facilidade para a infiltração e o esconderijo de terroristas islâmicos. Não pode deixar de ser objeto de preocupação o fato de que a Venezuela decidiu aliar-se ao Irã e abrigar o Hezbollah em suas fronteiras. Sabemos que não há falta de voluntários para atacar alvos ocidentais e esses mesmos terroristas que podem desfrutar de um eventual apoio venezuelano, podem adentrar no Brasil com facilidade” Inquirido sobre como experiência operacional poderia ser aplicada em nosso país, retorquiu: “Podemos auxiliar os brasileiros na implementação de treinamento para percepção da linguagem corporal, em cursos de sensibilização para segurança, planejamento de segurança aeroportuária, metodologia de controle de fronteiras e cursos para identificação e filtragem de visitantes do Oriente Médio, etc. Há um conjunto de medidas com vistas a dificultar um eventual agressor, com base em métodos de segurança que desenvolvemos e que nos permitem hoje, em Israel, enfrentar ameaças de todo o tipo”.

O curso foi iniciativa oportuna, mas seus benefícios serão rapidamente diluídos se não houver uma conscientização por parte das autoridades de todos os níveis sobre os graves prejuízos à imagem do país que seriam causados por atentados perpetrados durante eventos internacionais de monta.

Texto: VINICIUS D. CAVALCANTE

Site da revista: http://www.segurancaedefesa.com/

Fonte: ABRAPAM